já fazem duas semanas.





Imagem de bed and vintage


decidi que vou escrever aqui com frequência durante a quarentena, por mais doloroso que isso pareça ser para mim, ou por mais que eu não tenha o mínimo de ideia do que posso compartilhar, mas resolvi escrever para não sucumbir.

no início do isolamento social me armei com notícias a respeito do vírus e de como o Brasil estava lidando com ele, a frustrante notícia sobre o inimigo que não se vê e que me pede para isolar e enxergar a minha inutilidade,  corro, corro e me dou de cara com: não há quase nada que eu possa fazer, e isso está me levando a loucura. 

na verdade também não há quase nada que eu queira fazer. 

não quero fazer cursos, na verdade quero, mas não consigo; não quero fazer exercícios ou danças; não quero assistir infinitas lives de músicas que nem sei ou sobre o mesmo assuntos, me sinto inútil mediante o caos social que há lá fora, não quero nem ficar escrevendo esse diário para lhe ser sincera, estou aqui por pura obrigação.

nos últimos dias meus batimentos cardíacos estão em ritmo acelerado, mais que o comum, a pressão arterial já foi de 15.9 a 9.9, a oscilação tem me deixado na cama de repouso com o celular desligado, o stress por discursos incoerentes e a minha inutilidade diante disso, queridos tuíteiros minhas palavras são ecos e estou cansada.

não quero fazer nada porque nada que eu faça resulta em algo que eu consiga enxergar.

e, talvez, isso seja também a fé.

faço coisas que não consigo  ver os resultados

isso me custa a fé 

estou sentindo tudo esvair, isso inclui minha saúde mental, por isso, sem conteúdo, poesia ou quaisquer pirofagia preciso vir aqui e escrever. 

"não há  poesia (..) no que tenho escrito. a vida se impõe e preciso respirar" mônica menezes.


- obrigada espírito santo.

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