Como foram as férias? | Carta de março 23


 


Foram tantas coisas que não sei por onde começar, mas por esses dias estive a pensar em algo que me marcou. Lembrei do DIP (dia da igreja perseguida) de 2022, eu estava há meses com a equipe em Itapicuru, e precisávamos ir a Salvador para passarmos esse momento com a igreja local. Ao chegar lá, vimos tantos irmãos, recebemos tantos abraços e, enquanto isso acontecia, uma força era compartilhada. 


Facilmente um contraste se fez: a igreja perseguida, em alguns lugares, raramente tinha esses encontros. Essa força compartilhada. 


Nas minhas férias, eu fiz coisas que como igreja livre é tão natural: visitei igrejas, compartilhei a jornada, fui à minha própria comunidade de fé, vi amigos se casando, minha irmã completando mais um ano e foi uma delícia ser abraçada. Abracei minha família, mesmo aqueles de outras religiões, e no final sobrou o amargo pensar: há irmãos meus que não têm nada disso por amor a Cristo. 




A mesma lembrança de 2022: a igreja perseguida, sem face, é gloriosa com as suas cicatrizes, mas ela não possui aquele heroísmo intocável que muitas vezes imaginamos (é só ler um livro do Portas Abertas, ou ler os seus artigos). A igreja perseguida sente falta dos outros irmãos, diante da lida diária que eles possuem por amor a Cristo, desejam um abraço, um “estou orando por você!”; “como você está?”. É o mesmo desejo que todo missionário tem: não se sentir sozinho. Não consigo mensurar o anseio por parceria entre os meus irmãos perseguidos. Mesmo sabendo que Cristo jamais os abandonará.


Por isso, esta carta é uma forma de lembrá-los. Minhas férias foram ótimas graças a Deus. Por isso, já estou de volta ao campo, há muito o que fazer. 


PS: as frases entre as fotos são notícias recentes retiradas do site Portas Abertas.


ORE PELA IGREJA PERSEGUIDA. 


Caso queira saber mais sobre o assunto: 


https://portasabertas.org.br/

https://maisnomundo.org/

https://www.vozdosmartires.pt/


Você pode me ajudar a me manter no campo missionário (lembrando: atuo no sertão da Bahia)

• orando por mim, por minha família  •  ofertando no pix: (71) 991520644 • ajudando a divulgar esta carta (ou me enviando uma, sou palavras de afirmação, rs). 


Se quiser esticar o papo: @nicoledeantunes

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